SO ACONTECE EM QUISSAMÃ

Que o lixo é um problema mundial, todo mundo sabe. Que neste início de terceiro milênio alguns países não sabem o que fazer com ele, todo mundo sabe, também.
E todos sabem, ainda, que, por se tratar de um problema ambiental dos mais caóticos e catastróficos para a saúde humana e da biodiversidade, em todos os países e também em várias cidades brasileiras os governos honestos estão acabando com os lixões e os aterros sanitários danosos e implantado unisas e centros de reciclagem do lixo.
Aqui em Quissamã acontece justamente o contrário. Nós que já contávamos com uma usina de reciclagem, que recebia até o lixo da cidade mais próxima: Carapebus, ficamos sem ela. Foi fechada, segundo informações, "porque, por não ter sido redimensionada para a população atual, estava com problemas infraestruturais". Com o fechamento da usina, nosso lixo agora está indo para outro município: Conceição de Macabú e a prefeitura, ou que manda lá, cogita agora da criação de um aterro sanitário.
Todos sabem, pois é visto na mídia televisiva, que interesses espúrios estão por traz, sempre, destes aterros sanitários. Proprietários em busca de dinheiro do governo, que paga alto, cedem suas áreas para a criação de aterros sanitários que, mesmo usando de toda a técnica conhecida, acabam afetando o lençol freático da região.
Será que não seria melhor, mais sensato e mais em conta, reaparelhar ou aumentar a capacidade da usina de reciclagem? Fazer ampliações, melhorar instalações ou algo assim, que a capacite para reciclar o volume atual do lixo de nossa cidade. De outro modo, veremos nossa saúde e nosso dinheiro ir, literalmente, para o lixo.